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Hepatites virais: medidas simples colaboram com a prevenção

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28/07/2023
3 min. de leitura

Você sabia que o mês de julho é marcado pela conscientização sobre as hepatites virais? Por se tratar de uma doença com diferentes possibilidades de contágio, é importante ficar atento às principais formas de prevenção e também aos sintomas mais comuns. Para te ajudar e esclarecer as perguntas mais frequentes sobre o tema, preparamos um material especial com o gastroenterologista do Hospital Mãe de Deus, Dr. Marcelo Appel.

Hepatite é o termo médico utilizado para a inflamação do fígado. Ela pode ser provocada por diversos motivos como uso medicamentos, álcool, drogas, por doenças ou por alguns vírus, sendo os mais comuns os vírus A, B e C. Em muitos casos, ela não apresenta sintomas, mas, em quadros agudos, pode trazer cansaço, mal-estar, desconforto abdominal, náuseas e vômitos. Alguns pacientes desenvolvem icterícia (cor amarela dos olhos e da pele), acompanhando urina escura e fezes esbranquiçadas.

“Além dos tipos mais comuns, A, B e C, outros também podem provocar a hepatite, como a herpes, a mononucleose e o próprio COVID. É importante ter atenção especial para os tipos B e C que podem causar infecção crônica e lesão do fígado, levando inclusive para casos de cirrose”, ressalta o Dr. Appel.

A transmissão varia de acordo com o tipo de vírus. Confira os principais meios de contágio:

- HEPATITE A: contaminação fecal-oral, ou seja, adquirimos por contato com fezes de pessoas com a doença. Isso ocorre, por exemplo, quando alguém com o vírus não faz a higiene adequada das mãos e tem algum contato com alimentos ou com fezes de outras pessoas, como em troca de fraldas. É o tipo mais comum e, normalmente, causa uma infecção mais leve.

- HEPATITES B: Segundo tipo mais comum, é passada por contato sexual ou com sangue, como no uso compartilhado de gilete de barbear, alicate de unha, aparelhos de dentista, tatuagem, entre outros.

- HEPATITE C: Também transmitida através do sangue. É considerada uma das principais causas de transplantes de fígado no mundo, podendo provocar cirrose e levar a morte.

- HEPATITE D: pode ocorrer  em pacientes com a hepatite B

- HEPATITE E: também causada por transmissão fecal-oral, conectada a falta de saneamento e higiene adequada.

O diagnóstico é realizado através de exame de sangue geral, com a apresentação de alguma alteração nos marcadores do fígado, especialmente TGO, TGP, fosfatase alcalina, gaga GT e bilirrubinas. A partir desses resultados, exames específicos serão encaminhados, baseado na anamnese e fatores de risco identificados. Já o tratamento varia de acordo com a gravidade de cada caso, mas, normalmente, inclui repouso domiciliar, para hidratação e dieta leve, com uso de medicações sintomáticas.

As hepatites A e B contam com a vacina como uma ótima alternativa de prevenção. Recomenda-se ainda a adoção de hábitos de higiene adequados, como lavagem de mãos e alimentos e medidas de saneamento básico, a manutenção de relações sexuais seguras e o não compartilhamento de objetos que possam ter entrado em contato com sangue sem a devida higienização.

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2 comments on “Hepatites virais: medidas simples colaboram com a prevenção”

    1. Olá, Geisa! Para este caso, indicamos verificar com um médico especialista sobre o uso de medicamentos.

      Continue acompanhando nosso blog para mais novidades! 💙

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