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Controle dos níveis de colesterol é fundamental para reduzir o risco de doenças cardíacas

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08/08/2022
3 min. de leitura

No calendário de cuidados com a saúde, cada 8 de agosto alerta para a importância da conscientização e prevenção do fator desencadeante de uma doença silenciosa que afeta tanto homens quanto mulheres, que tendem a apresentar maior risco após a menopausa: é o Dia Mundial de Combate ao Colesterol.

O Brasil tem dados preocupantes: as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no país. Portanto, o controle dos níveis de colesterol com análises periódicas é essencial para manter o coração saudável, especialmente quando há histórico de doenças cardiovasculares na família.

Apesar de ser importante para o bom funcionamento do organismo, o colesterol quando elevado aumenta o risco cardiovascular, como explica a cardiologista Débora Loro, médica do Serviço de Cardiologia do  Hospital Moinhos de Vento.

"O colesterol é um precursor dos hormônios esteróides, dos ácidos biliares e da vitamina D, e também faz parte da constituição das membranas celulares. Para exercer essas funções não precisamos de muito, e o próprio corpo produz nos tecidos a quantidade necessária. Portanto, não devemos nos preocupar com níveis baixos, mas sim com o excesso de colesterol circulando na corrente sanguínea", explica a médica.

Quando falamos em colesterol, costumamos nos referir ao total, mas é importante determinar a quantidade de cada tipo para identificar se ultrapassamos o limite recomendado. Os dois principais tipos de colesterol são:

  • Colesterol ruim: é uma lipoproteína de baixa densidade que tem a capacidade de se acumular nas paredes das artérias, o que pode levar a obstrução do fluxo sanguíneo. Também é conhecido como LDL.
  • Colesterol bom: tem a função de fazer o transporte reverso do colesterol, trazendo-o de volta para o fígado para ser metabolizado. Também é conhecido como HDL.

Os perigos do colesterol alto

A cardiologista explica que, quando o colesterol circulante é muito elevado, ele pode se acumular nas artérias formando as placas ateroscleróticas. Dependendo do seu tamanho, elas podem podem reduzir muito a passagem de sangue e oxigênio para o coração, causando a angina, ou até mesmo obstruir completamente o fluxo, causando o infarto agudo do miocárdio.

"Esse fenômeno pode ocorrer em qualquer artéria do corpo, gerando isquemia também em outros locais, como o AVC isquêmico, por exemplo, que surge da obstrução das carótidas ou as artérias cerebrais, e a doença obstrutiva arterial periférica que acomete os membros inferiores, podendo levar até mesmo à amputação dos membros", afirma Débora.

Doença silenciosa

O monitoramento do colesterol é importante porque os níveis elevados de no sangue não geram sintomas. Quando eles aparecem, já são consequência da aterosclerose avançada, como angina (dor no peito ou falta de ar que surge com esforço) e dor nas pernas para caminhar.

"É importante dosar os níveis de colesterol no sangue através do perfil lipídico. A partir do exame, conseguimos calcular uma estimativa do risco cardiovascular de cada indivíduo, com base nos valores basais, na idade e presença de outros fatores de risco como hipertensão e diabetes, para poder orientar os níveis considerados ideais para cada pessoa", orienta a cardiologista.

A importância da prevenção

O colesterol elevado pode ser resultado tanto de herança genética que altera o metabolismo do colesterol quanto de hábitos de vida. "Uma alimentação rica em gorduras saturadas e com excesso de carboidratos e açúcar tende a aumentar os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue", explica a doutora Débora.

Essa informação nos conduz a um ponto importante: a prevenção. O controle de dieta e a prática de exercícios físicos regulares são hábitos fundamentais para ajudar a controlar os níveis de colesterol no sangue.

"Em muitos casos, há indicação do uso de medicamentos, principalmente nas pessoas com níveis muito elevados de colesterol, ou que já sejam portadoras de aterosclerose ou eventos cardíacos prévios. Nesses casos, é recomendada redução intensiva dos níveis para diminuir o risco de novos eventos", afirma a cardiologista.

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Este conteúdo foi produzido com o apoio técnico e revisão de Débora Hoffmann, médica cardiologista e mestre em Cardiologia (CRM-RS 33837) no Hospital Moinhos de Vento.
Conheça mais sobre Dra. Débora Hoffmann Loro.

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