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Saiba a importância da vacinação para pessoas imunossuprimidas e com comorbidades

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28/09/2023
3 min. de leitura

Adoecer é sempre indesejado, mas torna-se mais arriscado para pacientes imunossuprimidos ou com comorbidades. A baixa imunidade dessa condição de saúde, acarreta em maior risco de desenvolver infecções como o herpes zoster e a pneumonia. Por isso, o cuidado precisa ser redobrado.

O termo comorbidade é usado quando doenças pré-existentes podem enfraquecer o sistema imunológico, favorecendo o desenvolvimento de complicações graves em caso de infecção por outras doenças. Algumas das principais comorbidades são:

  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Problemas cardíacos
  • Doença hepática crônica
  • HIV/Aids
  • Obesidade grave
  • Mieloma múltiplo
  • Leucemia linfocítica crônica
  • Síndrome de Down

Já os pacientes imunossuprimidos são aqueles que receberam medicamentos para tratar doenças e como efeito colateral tem diminuição na resposta imunológica. Isso pode ocorrer devido ao uso prolongado de corticosteroides e à realização de quimioterapia, mas também pode ocorrer em caso de presença de infecções persistentes no organismo.

Um exemplo comum é o vírus do herpes zoster: ele fica “adormecido” no organismo de todas as pessoas que já tiveram varicela (catapora), doença com incidência em grande parte da população. Em situações de imunossupressão, o vírus pode ser reativado e se manifestar em forma de pequenas bolhas que provocam dor intensa. A doença herpes zoster é popularmente conhecida como cobreiro.

A importância da vacinação

As vacinas representam a melhor forma de prevenir estes processos infecciosos em pessoas com comorbidades ou imunossuprimidas, de acordo com a médica alergista e imunologista Anete Sevciovic Grumach, coordenadora do Departamento Científico de Erros Inatos da Imunidade da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). A especialista aponta duas vacinas importantes para quem passa por essa condição:

  • Pneumocócica: tanto a conjugada quanto a não conjugada podem ser administradas em pacientes imunossuprimidos.
  • Herpes zoster: pode ser aplicada em pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos, ou em pacientes em geral acima dos 50 anos, idade a partir da qual a infecção por herpes zoster ocorre com maior frequência e pode deixar sequelas.

Vacinação para pessoas com diabetes

A médica também explica que o diabetes pode afetar a resposta imune, principalmente quando não está controlado. “Há muitos estudos que demonstram a suscetibilidade a infecções, portanto, os pacientes devem ter sua doença bem controlada e receber as vacinas para sua proteção”, diz a médica.

Se você convive com o diabetes, que tal conferir se a sua carteira de vacinação está em dia? Fica tudo bem quando o seu organismo está protegido de doenças. Lembre-se que mesmo as pessoas adultas precisam tomar doses de reforço de vacinas recebidas na infância ou se imunizar contra novas doenças.

A especialista também ressalta que o termo “baixa imunidade” é aplicado comumente para justificar diversas situações. Por isso, é importante o diagnóstico correto de que setor de nossa defesa está afetado para que o tratamento seja bem direcionado. Os imunologistas são os especialistas capacitados para atender pacientes com esta suspeita.

“Há que se ter cuidado com tratamentos propostos como eficazes para melhora da imunidade. Muitos tratamentos carecem de estudos científicos e cada paciente deve ser avaliado pelo especialista para a melhor orientação.”, explica a médica. Por isso, além de manter sempre a carteira de vacinação em dia, procure o imunologista se tiver suspeita de baixa imunidade.

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