Apesar de trazer satisfação momentânea e uma sensação de refrescância, o uso do álcool em excesso pode ser muito prejudicial à saúde. Geralmente consumido em festas, confraternizações e bares, o álcool é visto como algo positivo para muitos. Há quem diga que não tem conversa sem bebida e que as bebidas alcoólicas trazem esse lado mais descontraído das pessoas, por isso, as consomem quase diariamente.
Em parceria com o médico gastroenterologista do Hospital Mãe de Deus, Dr. Felipe Silveira Martins Sartori, te convidamos a entender um pouco mais sobre as consequências do consumo de álcool e porque é preciso ter muito cuidado na hora de ingeri-lo.
Ao contrário do que muitos pensam, por ter forma líquida, o álcool não hidrata; na verdade ele inibe o hormônio antidiurético, o que resulta na desorganização e no aumento exagerado da frequência urinária. Por isso é sempre muito importante beber água ao ingerir bebidas alcoólicas para evitar a desidratação.
Sim e não.
Não é possível dizer ao certo pois cada organismo reage a ingestão de álcool de uma forma diferente. Entretanto, temos as “doses de baixo risco”, que levam em consideração o sexo e a idade e não ter comorbidades prévias. Segundo o Instituto Nacional dos Estados Unidos de Abuso de Álcool e Alcoolismo, devemos lembrar que pessoas com doenças prévias e mulheres estão mais suscetíveis aos diversos efeitos do álcool.
Para homens de até 65 anos: até 14 drinks por semana, ou 2 drinks por dia.
Para mulheres (de qualquer idade) e homens acima de 65 anos: 7 drinks por semana, ou 1 drink por dia.
“Standard drinks” seria uma espécie de medida de bebida padrão, onde temos que:
147ml de vinho – 1 taça
355ml de cerveja – lata
44ml de destilado – 1 dose
Baseado nessas medidas, podemos controlar as doses e não exagerar na bebida alcoólica.
Ao contrário do que muitos pensam, há sim contraindicações para o uso do álcool.
Mulheres grávidas, pessoas com histórico pessoal ou familiar de abuso de álcool, pessoas com doenças pancreáticas ou hepáticas em estágio avançado são algumas das principais delas.
O uso abusivo do álcool pode aumentar o risco de câncer principalmente no esôfago, de cabeça e pescoço, fígado e de mama. O álcool ainda pode causar injúria ao fígado, em casos extremos levando à cirrose hepática; pancreatite aguda e crônica, osteoporose, gota, problemas neurológicos, cardiológicos e hematológicos.
O prejuízo social, com o aumento de índice de suicídios, casos de depressão, ansiedade, violência doméstica, acidentes em geral e traumas também decorrem deste uso excessivo. Teoricamente se respeitarmos esses limites, o risco dessas doenças anteriormente citadas é muito menor.
Fontes:
Dr. Felipe Silveira Martins Sartori, Médico Gastroenterologista do Hospital Mãe de Deus
Instituto Nacional dos Estados Unidos de Abuso de Álcool e Alcoolismo (National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism).