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Conheça os sinais físicos do estresse e como tratá-los

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11/10/2023
4 min. de leitura

O estado de alerta ou alarme é uma reação natural do organismo quando deparamos com ameaças ou situações de perigo. Acionar este mecanismo biológico de reação ao estresse deveria ser uma prática eventual, mas tem se tornado corriqueira devido ao estilo de vida acelerado. O estresse se manifesta, por exemplo, quando você está atrasado e a sinaleira está fechada e quando o filho está doente e você não consegue marcar horário no médico.

Ainda que o estresse seja um problema mundial, ele é ainda mais grave no Brasil, país com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2019.

O ranking, divulgado em 2019, apontou que aproximadamente 9,3% da população brasileira sofre de ansiedade patológica. Somado a fatores geralmente vivenciados no país, a pandemia de Covid-19 tem sido apontada como potencializadora do estresse no país. Experimentar o estresse de maneira eventual é comum ao longo da vida. Ele é até mesmo necessário, como explica o psiquiatra Alexandre Annes Henriques. “Estamos sempre nos deparando com situações estressantes. O estresse pode ser positivo, quando faz você se mobilizar para responder a alguma situação que precisa ser modificada. Mas quando a quantidade e o tempo de duração do estresse é maior do que o esperado, ele começa a provocar sintomas negativos”, explica o médico.

Tipos de estresse

De acordo com o Ministério da Saúde, há dois tipos de estresse:

  • Estresse agudo: mais intenso e curto, causado normalmente por situações traumáticas específicas, mas passageiras, como o luto perante a morte de um familiar. Nesses casos, é comum experimentar angústia ao reviver o acontecimento. Os sintomas, porém, geralmente se amenizam em até um mês.
  • Estresse crônico: afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave. Este quadro costuma afetar pessoas que vivem em constante tensão, pessoal ou profissional, e é uma das principais causas da síndrome de burnout. Ele aumenta o risco de ficar doente e pode agravar problemas de saúde já existentes.

Sinais físicos do estresse

Os sintomas do estresse nem sempre são fáceis de identificar por quem os experimenta: costumam aparecer de forma sutil e gradual, fazendo com que a pessoa afetada e os que estão a sua volta não percebam. Por isso, é importante identificar os sintomas físicos desencadeados pelo estresse, pois a pessoa pode estar sofrendo desta condição sem saber. Confira os sinais aos quais é preciso ficar atento:

  • Dor de cabeça
  • Aumento do suor
  • Tensão muscular
  • Taquicardia
  • Distúrbios de sono
  • Irritabilidade
  • Dificuldade de concentração
  • Sentimento de insatisfação
  • Diarreia e outros sintomas gastrointestinais
  • Hipertensão arterial

Se você tem um ou mais destes sintomas por mais de 30 dias, procure um profissional de saúde para conseguir uma avaliação correta e, se necessário, dar início ao tratamento do estresse.

Perigos do estresse para a saúde

“A capacidade das pessoas de lidar com o estresse tem diminuído, tanto devido a fatores importantes, como não realizar exercícios físicos e não manter uma alimentação equilibrada, quanto por estarem, em alguns casos, mais expostas ao estresse”, explica o psiquiatra.

O estresse, sobretudo o estresse crônico, pode levar ao aumento da produção de cortisol, também conhecido como hormônio do estresse. O cortisol ganhou esse apelido justamente por ser uma substância produzida para preparar o organismo para os momentos de maior ativação, como os vivenciados pelas demandas cotidianas excessivas.

Em níveis normais, o cortisol é importante para manter o metabolismo saudável e o sistema imunológico fortalecido. Mas quando liberado em excesso, pode gerar danos à saúde, como a constante sensação de fadiga, cansaço e esgotamento.

Tratamento do estresse

De acordo com o psiquiatra Alexandre Annes Henriques, a capacidade das pessoas de lidar com o estresse tem diminuído. “Isso tem ocorrido tanto devido a fatores importantes, como não realizar exercícios físicos e não manter uma alimentação equilibrada, quanto por estarem, em alguns casos, mais expostas ao estresse”, explica o psiquiatra.

O tratamento do estresse é multidisciplinar (quando o suporte ao paciente é oferecido por uma equipe formada por profissionais de diferentes áreas, como médico, psicólogo, nutricionista e educador físico) e requer mudanças no estilo de vida, com sono equilibrado e qualidade de vida, além de um cuidado extra com a alimentação, já que durante o processo de estresse, o organismo perde vitaminas e nutrientes importantes para o seu bom funcionamento.

Se você já identificou que está passando por uma situação de estresse crônico, o ideal é procurar a orientação de um profissional da saúde. Ele poderá orientar o melhor tratamento do estresse para o seu caso.

Algumas medidas práticas beneficiam todas as pessoas tanto na prevenção do estresse quanto no tratamento desta condição.

  • Pratique exercícios físicos frequentemente, de preferência, aeróbicos
  • Dedique-se a novos aprendizados, como idiomas ou instrumentos musicais
  • Mantenha um hobby, preferencialmente com socialização
  • Busque práticas como yoga ou meditação, que buscam acalmar a mente

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