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Conheça sete fatores de risco para o Alzheimer

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21/09/2023
3 min. de leitura

Popularmente relacionado ao esquecimento, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que atinge cerca de 35 milhões de pessoas no mundo e 1 milhão no Brasil. Mas você sabe do que se trata esta enfermidade, com nome tão diferente?

Alzheimer?

A nomenclatura faz referência ao médico psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer, que foi o primeiro a descrever a doença, em 1906. De acordo com o neurologista do Centro da Memória do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Alberto Maia, o Alzheimer é considerado o tipo mais frequente de demência, na qual os neurônios são afetados por um processo inflamatório. Isso faz com que o paciente perca, progressivamente, as suas capacidades cognitivas e a autonomia nas atividades de vida, diárias.

“O Alzheimer traz um impacto social muito elevado, pois vivemos um aumento progressivo da expectativa de vida, o que contribui para que o número de casos com este diagnóstico também se eleve, mais rapidamente, em todo o planeta”, avalia.

O que causa o Alzheimer?

“Existe um componente genético na transmissão da doença. Entretanto, como ocorre na maioria das patologias, a herança genética não é uma determinação absoluta do surgimento da doença; o que depende, em grande parte, do estilo de vida adotado. Neste sentido, é muito importante ressaltarmos que já existem fatores de risco claramente identificados para o Alzheimer, fazendo com que seja possível a sua prevenção”, alerta o Dr. Alberto Maia.

Quais são os principais fatores de risco?

Segundo o neurologista do Centro da Memória, estudos recentes identificaram fatores de risco potencialmente modificáveis, não somente para o Alzheimer, mas também para todas as demências. São eles:

  1. Baixa escolaridade formal;
  2. Perda auditiva;
  3. Fatores relacionados a doenças vasculares, como hipertensão arterial, obesidade, diabetes, sedentarismo e tabagismo;
  4. Consumo excessivo de álcool;
  5. Traumatismo cranioencefálico;
  6. Isolamento social;
  7. Poluição ambiental.

O que contribui para a redução de novos casos?

Entretanto, segundo o médico do Hospital Moinhos, a boa notícia é que, se estes fatores de risco forem evitados, acredita-se que o potencial de redução do número de novos casos da doença é de 48%. Ou seja, cai para quase a metade.

Como a doença se manifesta?

“A forma mais frequente da doença é a tardia, que costuma se manifestar após os 60 anos de idade. Os primeiros sintomas do Alzheimer se iniciam com a diminuição da memória, mas, pouco a pouco, outras funções cognitivas vão sendo alteradas, como orientação temporal e espacial, linguagem, capacidade de abstração e capacidade de resolução de problemas”, explica.

“Entretanto, outros sintomas não cognitivos, ligados ao comportamento também passam a ocorrer, como sintomas depressivos, insônia, ideação paranoide (transtorno mental caracterizado por paranoia e desconfiança em relação aos outros) e agressividade. Todo este conjunto de sintomas traz muito estresse para os familiares”, avalia o Dr. Alberto Maia.

Tratamento

“Estudos realizados nos últimos 30 anos têm acelerado muito nossa compreensão sobre o Alzheimer, com a identificação de fatores de risco e marcadores do início da doença, antes de os sintomas se manifestarem. Estes avanços têm permitido o desenvolvimento e a aprovação de novos medicamentos para o tratamento, embora seu uso - na prática - ainda dependa de novas pesquisas, devido ao alto risco de complicações graves”, pondera.

“No entanto, apesar de ainda não haver um tratamento específico, totalmente seguro e efetivo capaz de modificar a evolução do Alzheimer, há várias terapias capazes de retardar a perda da qualidade de vida, tanto dos pacientes quanto de seus cuidadores”, observa.

Diagnóstico precoce

“O diagnóstico precoce é importante, pois permite a educação e organização da família para o longo período de evolução da doença; em média, de 6 a 9 anos. A orientação de familiares quanto à compreensão do Alzheimer e de como manejar os sintomas cognitivos e comportamentais recorrentes, permite evitar a ocorrência da Síndrome de Burnout (ou esgotamento) na família; o que sempre gera perda na qualidade de vida dos próprios pacientes”.

“A orientação quanto ao uso adequado de medicamentos para o controle comportamental, e também para a melhora cognitiva, faz com que os cuidados ao indivíduo sejam prestados de forma mais efetiva, facilitando as atividades de vida diária (como alimentação, higiene, etc.) e proporcionando um relacionamento e uma interação mais tranquilos, com a redução dos sintomas de agressividade, depressão e insônia”, exemplifica.

Fonte: Dr. Alberto Maia (CREMERS 18693) é neurologista do Centro da Memória do Hospital Moinhos de Vento.

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10 comments on “Conheça sete fatores de risco para o Alzheimer”

  1. Olá bom dia,minha mãe tem Alzheimer,gostei muito desse comentário sobre o Alzheimer,isso nos ajuda ter consciência sobre a doença.

    1. Olá, Nitalma! Que bom que você gostou do nosso conteúdo 🤗
      Estamos sempre trazendo novidades em nosso blog. Continue nos acompanhando! 💙

    1. Olá, João! Para este caso, recomendamos que você consulte com seu médico de confiança, para assim ser encaminhado ao especialista correto a fim de verificar possíveis sinais de Alzheimer. #FiqueBem 🤗

  2. Achei de grande importância essa matéria referente ao Alzheimer. Minha mãe foi diagnosticada com essa doença e é de grande valia sabermos como proceder quanto ao paciente. Grata.

    1. Olá, Sila! Que bom que você gostou do nosso conteúdo!
      Estamos sempre trazendo novidades em nosso blog. Continue nos acompanhando! 💙

    1. Olá, Heber! Para indicações de prevenção e cuidados, recomendamos sempre a consulta com um especialista para avaliar seu caso individualmente, podendo assim lhe direcionar aos melhores tratamentos preventivos dentro da sua condição. 😉

      Conte com a gente! #FiqueBem

  3. muito boa esta matéria, certamente ajudara muitas famílias que por ventura sejam atingidas por esta situação.

    1. Olá, Hilmar! Ficamos felizes em saber que você gostou de nosso conteúdo.
      Estamos sempre trazendo novidades em nosso blog. Continue nos acompanhando! 💙 #FiqueBem

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