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Herpes labial: saiba mais sobre as feridinhas que provocam dor e desconforto

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17/02/2022
3 min. de leitura

Precisou ela aparecer em rede nacional para chamar a atenção sobre o problema que está, literalmente, na boca de grande parte da população. O herpes labial, detectado no participante Eliezer, do Big Brother Brasil, trouxe à tona a necessidade de informação sobre um vírus que acomete milhares de pessoas em todo o mundo.

A dermatologista, Aline Iglesias, explicou sobre os primeiros sinais e a transmissão do vírus: "o vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1) é transmitido de pessoa para pessoa através de secreções orais infectadas. Após a infecção inicial, o vírus estabelece uma infecção crônica nos gânglios e pode ser reativado até mesmo anos após o seu contágio inicial. Embora as infecções sejam frequentemente assintomáticas, elas podem produzir uma variedade de sinais e sintomas, como por exemplo, as lesões orais ou periorais recorrentes (herpes labial)", explica a especialista.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 67% da população mundial menor de 50 anos estava infectada pelo vírus herpes simples tipo 1 (VHS-1) em 2016. O herpes labial se caracteriza pelo acúmulo de pequenas ampolas cheias de líquido sobre os lábios ou ao redor deles. Quando estouram, forma-se uma crosta que se cura em no máximo quatro semanas, sem deixar cicatrizes aparentes. Em muitas vezes, o desconforto é, além de físico, estético.

O contágio por esse tipo de herpes ocorre pelo contato direto, como beijos, ou pelo compartilhamento de utensílios, como talheres e toalhas. E mesmo depois de um episódio de herpes labial, o vírus permanece "adormecido" nas células nervosas e pode reaparecer até encontrar as condições apropriadas para voltar a desenvolver, como:

  • Febre
  • Infecções virais
  • Estresse
  • Mudanças hormonais
  • Cansaço
  • Exposição excessiva ao sol ou vento
  • Imunidade baixa do organismo

"As lesões do herpes labial podem ser bastante desconfortáveis para os pacientes, tanto por provocarem sintomas como coceira, ardência, dor e queimação local, quanto pelo impacto psicológico que ela pode trazer, seja pelo dano estético ou por alterar sua rotina e modo de se relacionar com outras pessoas, visto que deve-se evitar o contato direto no caso de lesões ativas", diz a doutora Aline.

Além do herpes labial, um tipo de herpes bastante frequente é o herpes genital. Causado pelo vírus do herpes simples tipo 2 (VHS-2), ele é transmitido quase exclusivamente durante relações sexuais, provocando infecções na zona genital ou anal. As exceções ocorrem em casos de intercâmbio, por prática de sexo oral - nesses casos, pode haver infecção do vírus VHS-2 nos lábios e do VHS-1 nas genitálias.

Juntos, os herpes simples de tipo 1 e 2 são responsáveis pelas infecções mais frequentes do herpes. Sua principal característica é que não são eliminados facilmente do organismo mesmo depois de controladas. Isso quer dizer que o vírus tende a permanecer oculto ou em um estado de "adormecimento".

"É interessante procurar o dermatologista caso você tenha as lesões e elas passem a lhe incomodar ou se apresentar episódios recorrentes, que seriam três ou mais vezes ao ano, ou caso as lesões não cicatrizem espontaneamente”, afirma a dermatologista.

Ainda não existe uma cura específica para o herpes, ainda que antivirais, sempre recomendados por médicos, possam acelerar o processo de desaparecimento das feridas. O mais recomendado é tratá-lo de forma tópica, com cremes e pomadas que agem diretamente sobre as feridas.

A dica, então, é evitar o contato direto, como beijos com pessoas infectadas, assim como o compartilhamento de louças, copos, guardanapos, toalhas e cosméticos no período de desenvolvimento do herpes. Outra recomendação é manter os lábios hidratados para que assim a pele esteja em bom estado, evitar o estresse e manter uma dieta equilibrada e saudável para manter um bom estado de saúde.

"A transmissão do herpes pode ocorrer sendo a fonte sintomática ou assintomática no momento do contato. Porém, ela é muito mais provável se o paciente for sintomático, pois o título viral é muito maior quando as lesões estão presentes", finaliza a doutora Aline.

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