Um dos problemas de saúde mais comuns, a cefaleia, termo técnico para a dor de cabeça, é o quarto motivo mais frequente de consultas em unidades de urgência em todo o mundo, de acordo com o Ministério da Saúde. Em termos gerais, praticamente todas as pessoas já tiveram dor de cabeça ou vão experimentá-la alguma vez na vida.
A neurologista Daiana Perin explica que a dor de cabeça é uma manifestação do nosso corpo a alguma doença, que pode ser:
“Há mais de 200 tipos de dores de cabeça. A cefaleia tipo tensão é a mais comum de todas, e a enxaqueca, a segunda mais recorrente.”, afirma a neurologista.
A médica também explica que a dor de cabeça pode ser classificada entre três tipos:
De acordo com a neurologista, quando a cabeça dói, o que dói, na verdade, são os vasos sanguíneos que irrigam as meninges: “As meninges são as membranas que envolvem o cérebro. Os vasos sanguíneos têm nervos que enervam essas artérias e é isso que se manifesta através da dor. Não é necessariamente o cérebro que dói, mas as artérias que irrigam o cérebro e os nervos que enervam essas artérias.”
Alguns sinais são um alerta de que a dor de cabeça precisa de uma avaliação médica:
“Esses são alguns dos sinais de alerta para procurar atendimento médico. Mas como sempre digo aos meus pacientes: dor de cabeça nunca é normal, de nenhum tipo. Quem nunca teve dor de cabeça e começou a ter, é importante procurar a avaliação de um neurologista”, orienta a médica.
Segunda causa de incapacidade no trabalho e nos estudos, a enxaqueca é uma doença genética que não tem cura, mas tem tratamento. “O paciente pode ficar livre de dor por bastante tempo, se fizer o tratamento certo”, diz a médica.
A neurologista explica que a enxaqueca é uma inflamação neurogênica. “As artérias que passam por determinados locais são inervadas por nervos que, quando ativados pela enxaqueca, provocam uma dor de forte intensidade, latejante e pulsante. Muitos pacientes descrevem essa dor como se houvesse um coração pulsando na cabeça”, explica.
A doutora Daiana também alerta que quando o paciente tem uma dor de cabeça crônica, mas não realiza o tratamento adequado, pode desenvolver uma cefaleia secundária ao uso excessivo de analgésicos. Por isso é importante o diagnóstico médico para diagnóstico diferencial e tratamento correto”, afirma Daiana.
Com avaliação e cuidado, tudo fica bem! Se você tem algum dos sintomas descritos aqui nesta matéria, procure avaliação médica para tratar sua dor de cabeça.