Você sabia que uma em cada dez pessoas no mundo tem diabetes? De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela causa 5% das mortes globais por ano, mas, mesmo com uma incidência tão alta, o seu controle é possível, permitindo que os pacientes afetados vivam uma vida normal tomando os cuidados necessários. Para te ajudar a entender mais sobre a doença, esclarecendo as dúvidas mais frequentes sobre o tema, preparamos um material especial com a endocrinologista do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus Dra. Melissa Barcellos Azevedo.
A diabetes é uma doença crônica que surge quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina liberada na circulação. A insulina é responsável por processar a glicose consumida, auxiliando no aproveitamento da substância para as nossas atividades celulares. Com a falha na sua produção ou a resistência para a sua ação no organismo, ocorre um aumento nos níveis de glicose no sangue, conhecida como hiperglicemia, característica da doença.
Tipo 1: Mais comum em crianças e jovens, tem origem hereditária, surgindo graças à destruição das células beta pancreáticas pelo próprio organismo, provocando a deficiência de insulina. Os sintomas, que incluem sede, fome excessiva, emagrecimento, sudorese e fraqueza, surgem de forma muito veloz e podem rapidamente levar a um quadro de Cetoacidose Diabética, que demanda a internação hospitalar
Tipo 2: Tipo que afeta cerca de 90% dos portadores de diabetes, surge quando a insulina produzida pelo corpo não consegue ser aproveitada ou não é suficiente para processar a glicose consumida. O aumento de peso, associado ao sedentarismo, está diretamente relacionado ao seu surgimento. As manifestações dos sintomas normalmente não ocorrem durante os primeiros anos de doença, a não ser nos casos de descompensação ou hiperglicemia mais severa, quando podem surgir sintomas como sede e diurese excessivas, dores nas pernas, além de alterações visuais. Geralmente o controle da doença quando estável, se faz através de alimentação adequada e atividade física regular , além de medicamentos específicos . Em casos de descompensação mais graves é necessário, muitas vezes, o atendimento em uma unidade de saúde como emergência além do uso de insulinas.
Diabetes gestacional: é um tipo de diabetes que ocorre somente durante o período da gestação, principalmente a partir da 24º semana. A hiperglicemia nessa fase pode trazer consequências graves tanto para o feto como para a mãe. Costuma cessar no pós-parto, porém ambos, mães e crianças afetados pelo diabetes durante a gestação, têm fator de risco para desenvolverem a doença ao longo da vida.
Essa é uma doença crônica, com causa multifatorial, mas que, na maioria dos casos, seu controle está diretamente conectado com hábitos de vida saudáveis. Estão incluídos entre os principais fatores de risco:
Por se tratar de uma patologia de evolução silenciosa, que só se manifesta de forma clara com o surgimento das complicações, é importante também prestar atenção em alguns sinais, buscando o rastreamento e a identificação precoces. Para isso, procure um especialista e realize exames em caso de: sede excessiva, diurese em grande quantidade e várias vezes ao dia, redução de peso sem estar relacionado a dieta, sensação de fraqueza generalizada, visão borrada e dor nas pernas.
O diagnóstico ocorre através de exames laboratoriais, como a dosagem da glicemia em jejum ou a teste de tolerância da glicose (curva glicêmica). Após a confirmação, uma série de medidas devem ser tomadas para garantir o melhor controle da doença. “O acompanhamento por uma equipe multidisciplinar é muito importante. Endocrinologistas, clínicos, cardiologistas, nefrologistas, oftalmologistas nutricionistas, educador físico ,entre outros, geralmente, são especialistas que auxiliam no tratamento do paciente diabético, assim como, na prevenção de suas complicações.
Essa atuação multiprofissional, combinada com a mudança de hábitos, adoção de uma dieta saudável, com a remoção de alimentos de alto índice glicêmico, realização de atividades físicas e a escolha pelo tratamento mais adequado, são essenciais para oferecer a melhor qualidade de vida para o paciente”, ressalta a Dra. Melissa.
A Corrida para Vencer o Diabetes é um evento que faz parte do calendário de atividades físicas dos gaúchos. Essa grande confraternização acontece todos os anos em prol de milhares de crianças e jovens que convivem com o diabetes. O evento promovido pelo Instituto da Criança com Diabetes (ICD) acontece desde 1998 na capital gaúcha. E depois de dois anos de pandemia sem o evento presencial, a corrida volta a acontecer no Parcão nesse próximo domingo (25), chegando a sua 24ª edição.
O evento tem o objetivo de arrecadar recursos para auxiliar os programas e projetos da Instituição, que atende mais de 4,4 mil jovens e crianças gratuitamente. Essa porcentagem equivale a quase 50% dos pacientes com Diabetes Tipo 1, que são dependentes da insulina, em todo o Rio Grande do Sul.
A Panvel, como referência e símbolo de saúde e bem-estar, não poderia estar de fora da Corrida para Vencer o Diabetes. A marca irá contar com uma tenda especial, oferecendo serviços do Panvel Clinic, como aferição de pressão e glicemia para os pedestres do local. Além de distribuição de água para os corredores se hidratarem durante a corrida. E para quem quiser arriscar a sorte, a Panvel também terá uma roleta de brindes com ofertas exclusivas dos produtos da marca, cupons e serviços Panvel Clinic.
As camisetas da Corrida para Vencer o Diabetes ainda podem ser adquiridas até amanhã (23) em 17 lojas da Panvel em Porto Alegre e na Região Metropolitana, todas estão no valor de R$ 30,00 cada. Na loja do Parcão (Rua 24 de Outubro, 722), é possível comprar a camiseta até o dia da corrida (25). Os endereços dos pontos de venda estão disponíveis em no site (www.icdrs.org.br/corrida).
