O câncer, que se caracteriza pelo crescimento descontrolado de células, é talvez a doença mais terrível que existe. Para enfrentá-la, os pacientes oncológicos e seus familiares precisam ser fortes.
Com o avanço da medicina e da tecnologia, porém, a taxa de pacientes que se recuperam totalmente ou são capazes de levar uma vida normal enquanto lutam contra a doença aumentou muito — e os médicos oncologistas têm uma grande responsabilidade nisso.
Como hoje, 9 de julho, é o Dia do Oncologista, resolvemos homenagear esses profissionais e seus pacientes, apresentando algumas dicas que os especialistas na área têm a dar para quem enfrenta uma neoplasia maligna.
É claro que não se pode generalizar, pois diferentes tipos de câncer têm distintas gravidades e complicações possíveis.
Além disso, há casos em que a doença é descoberta já em uma fase avançada, quando é mais difícil combater o câncer e levar uma vida normal ao mesmo tempo.
Por outro lado, em uma considerável parte dos casos, quando a neoplasia é detectada cedo, o paciente oncológico pode ter uma boa qualidade de vida com as dicas que compilamos a seguir.
De acordo com André Mansano, médico intervencionista da dor do Hospital Albert Einstein, 73% dos pacientes oncológicos sofrem algum tipo de dor — em metade dos casos, são dores intensas.
Acontece que a dor não é irreversível. "Muitos desses pacientes acreditam que sofrer dor durante o processo do câncer é algo extremamente normal, então teriam que se acostumar com isso. Mas não é verdade, há tratamentos interessantes para tratar a dor", contou Mansano em sua participação no Podcast Por Que Dói?, do portal Drauzio Varella.
Segundo ele, cerca de 30 a 50% dos pacientes com câncer têm suas dores subtratadas, enquanto seria possível amenizá-las com analgésicos, técnicas intervencionistas e tratamentos não invasivos, como acupuntura e exercícios físicos.
Pesquisas mostram que, para a maior parte dos pacientes, a prática de exercícios ajuda antes, durante e depois do tratamento.
A dica é da Sociedade Americana contra o Câncer (American Cancer Society). "Os exercícios ajudam a melhorar a sua qualidade de vida e a energia que você precisa para fazer as coisas que gosta", escreveu o time de conteúdo editorial da entidade.
Entre os benefícios que os exercícios podem trazer para os pacientes oncológicos, o texto cita:
A quimioterapia é um tratamento com medicamentos especiais, que tem o intuito de destruir as células cancerígenas. Costuma ser eficaz no combate à doença, mas traz reações adversas que prejudicam a qualidade de vida do paciente.
O canal ViverBem, do UOL, consultou o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e reuniu algumas dicas para amenizar os principais sintomas da quimioterapia.
Veja:
Para finalizar, uma dica especial para as mulheres que sofrem ou sofreram com câncer de mama — que recentemente se tornou o câncer mais comum no mundo — e tiveram que passar por uma mastectomia.
A retirada da mama pode ser um tanto traumática para a mulher, afetando sua autoestima e estabilidade emocional.
No artigo Qualidade de vida e resultado estético após mastectomia e reconstrução mamária, publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, pesquisadores divulgaram o resultado da aplicação de um questionário em pacientes submetidas à reconstrução mamária, para avaliar sua satisfação com o procedimento.
Os resultados sugerem que a qualidade de vida das mulheres que optam pelo procedimento aumenta. "A qualidade de vida das pacientes no período posterior à reconstrução mamária com implantes mamários, seja prótese de silicone ou expansor de tecido, é superior em relação ao período anterior ao procedimento cirúrgico", consta no estudo.
"Apesar da sensação de mutilação e do trauma vivenciado pela mastectomia, a reconstrução de mama, quando bem executada, por uma equipe bem treinada e especializada, pode trazer excelentes resultados estéticos", concluem os pesquisadores.
A dica final é óbvia, mas vale dar: converse com seu médico oncologista.
Não esconda nenhum sintoma ou efeito do tratamento, pois ele é a pessoa mais indicada para dar as melhores dicas de como melhorar sua qualidade de vida enquanto luta contra o câncer.