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Ácido Mefenâmico: bula, para que serve, como tomar e mais

O que é ácido mefenâmico?

Ácido mefenâmico é um medicamento anti-inflamatório não-esteroide de uso oral, indicado para o alívio dos sintomas de artrite reumatoide e outras dores e desconfortos.

Seu medicamento de referência é o Ponstan®, produzido pela Wyeth, mas existem opções de genéricos no mercado. O ácido mefenâmico é comercializado no formato de comprimido.

Para que serve o ácido mefenâmico?

O ácido mefenâmico é indicado para o alívio dos sintomas de artrite reumatoide (inflamação crônica das "juntas” causada por reações autoimunes, quando o sistema de defesa do corpo agride por engano ele próprio), osteoartrite (lesão crônica das articulações ou “juntas”), dor (muscular, traumática, dentária, dor de cabeça de várias origens, pós-operatória e pós-parto), dismenorreia primária (cólica menstrual), menorragia (fluxo menstrual muito abundante) por causas disfuncionais (quando não há lesão dos órgãos sistema reprodutor, como útero, ovários) ou por uso de DIU (dispositivo intrauterino) e síndrome pré-menstrual.

Como funciona o ácido mefenâmico?

O ácido mefenâmico é um agente anti-inflamatório não-esteroide (não derivados de hormônios) que inibe a produção de prostaglandinas (substâncias que estimulam a inflamação), o que gera atividade anti-inflamatória (reduz a inflamação), analgésica (redução, até supressão, da dor) e antipirética (redução, até supressão, da febre).

Composição do ácido mefenâmico 500mg

Cada comprimido de ácido mefenâmico contém:

  • 500mg de ácido mefenâmico

Excipientes:

  • Amido de milho
  • Celulose microcristalina
  • Estearato de magnésio
  • Laurilsulfato de sódio
  • Povidona
  • Vanilina
  • Corante amarelo FDC nº 5 de alumínio laca
  • Dióxido de silício coloidal

OBS: os excipientes variam de acordo com o fabricante. A lista acima pegou como exemplo os componentes do medicamento de referência Ponstan®, produzido pela Wyeth. Consulte a bula do fabricante para obter a lista correta.

Como tomar ácido mefenâmico?

Ácido mefenâmico pode ser administrado junto às refeições (o que é recomendado se o medicamento causar desconforto gástrico).

Para casos de dor leve a moderada, artrite reumatoide ou osteoartrite em adultos e pacientes pediátricos acima de 14 anos de idade: 1 comprimido (500mg), 3 vezes ao dia.

Para casos de dismenorreia, menorragia ou síndrome pré-menstrual: 1 comprimido (500mg), 3 vezes ao dia, administrado no início da menstruação e dos sintomas e mantido de acordo com orientação médica.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Contraindicações

Ácido mefenâmico não deve ser usado por pessoas que:

  • Já tiveram hipersensibilidade (alergia) ao medicamento ou a qualquer componente da fórmula;
  • Tenham alergia ao ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não-esteroides, manifestada pelo aparecimento, após o uso desses medicamentos, de: broncoespasmo (chiado no peito), rinite (inflamação da narina que faz o “nariz escorrer” abundantemente) alérgica ou lesões avermelhadas na pele com coceira;
  • Tenham úlcera ativa ou inflamação crônica do trato gastrintestinal (no esôfago, estômago e intestinos);
  • Tenham dor devido à cirurgia de revascularização do miocárdio (cirurgia da ponte de veia safena ou de artéria mamária para obstrução da coronária);
  • Tenham insuficiência (alteração do funcionamento) dos rins, fígado ou coração.

Este medicamento é contraindicado para menores de 14 anos.

Interações medicamentosas

O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação medicamentosa.

Ácido mefenâmico pode interagir com:

  • Ácido acetilsalicílico, interferindo no tratamento com ácido acetilsalicílico de doenças cardiovasculares;
  • Anticoagulantes, aumentando o tempo de protrombina (exame que avalia a coagulação);
  • Medicamentos para hipertensão, incluindo diuréticos e betabloqueadores, reduzindo o efeito desses medicamentos; no caso dos diuréticos poupadores do potássio pode acontecer o aumento desse elemento no sangue;
  • Ginkgo biloba (planta medicinal), medicamentos antiplaquetários (como ácido acetilsalicílico), inibidores seletivos da recaptação da serotonina (tipo de antidepressivo) e a ingestão de álcool podem aumentar o risco de sangramento;
  • Anti-inflamatórios hormonais e não hormonais podem aumentar o risco de lesões, sangramento e úlceras gastrintestinais;
  • Ciclosporina e tacrolimo aumentando o risco de lesão dos rins;
  • Hipoglicemiantes orais (redutores da quantidade de açúcar no sangue) alterando o seu efeito;
  • Lítio e metotrexato pode ter a quantidade desses medicamentos no sangue aumentado;
  • Antiácidos podem aumentar os riscos dos eventos adversos do ácido mefenâmico.

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais frequentemente relatados referem-se ao trato gastrintestinal, geralmente diminuem com a redução da dose. Os mais comuns são: dor abdominal, diarreia e náuseas(enjoo) com ou sem vômitos.

Menos frequentes que pode acontecer: anorexia (perda do apetite), icterícia (cor amarelada na pele), colite e enterocolite (inflamação dos intestinos), constipação (prisão de ventre), flatulência (excesso de gases no estômago ou intestinos), ulceração gástrica (ferida no estômago) com ou sem sangramento, toxicidade hepática leve (destruição de células do fígado), hepatite (inflamação do fígado), síndrome hepatorrenal(falência dos rins em pacientes com prévia falência do fígado), pirose (sensação de queimação no esôfago), pancreatite (inflamação do pâncreas) e esteatorreia (eliminação de gordura nas fezes).

Também podem ocorrer os seguintes eventos adversos: ausência ou diminuição do número de granulócitos, eosinófilos e leucócitos (célula do sangue responsável pela defesa), anemia (redução do número de células vermelhas do sangue) devido à alteração da produção (aplasia ou hipoplasia) pela medula óssea ou por destruição dessas células pelo sistema de defesa (hemólise autoimune*), diminuição do hematócrito (exame que mostra porcentagem de células vermelhas no sangue / concentração de glóbulos vermelhos no sangue) diminuição de todas as células sanguíneas (pancitopenia), púrpura trombocitopênica (diminuição das células de coagulação do sangue que geram sangramentos em vários órgãos, especialmente na pele); inibição da agregação plaquetária (inibição da função das plaquetas), crises de asma (doença respiratória, onde a respiração é difícil, curta, ofegante, e com chiado) e de falta de ar (dispneia), intolerância à glicose (resistência à insulina com aumento do açúcar no sangue) em pacientes diabéticos hiponatremia (diminuição de sódio no sangue), retenção de líquidos, visão turva, irritação ocular, perda temporária da capacidade de distinguir cores, dor de ouvido, tontura, sonolência ou insônia, dor de cabeça, convulsões, nervosismo, meningite asséptica (inflamação da membrana que envolve o cérebro e a medula espinal sem presença de infecção), alteração do ritmo do coração, edema (inchaço) da face e da laringe, angioedema (inchaço alérgico das mucosas e da pele), aumento da quantidade de suor, coceira, lesões na pele como eritema multiforme (manchas avermelhadas), síndrome de Lyell ou necrólise epidérmica tóxica (grandes extensões ficam vermelhas podendo necrosar), urticária, (manchas vermelhas que coçam muito), síndrome de Stevens-Johnson (manchas vermelhas, bolhas, ulcerações que acometem todo o corpo e as mucosas da boca, faringe, olhos e região anogenital), anafilaxia (reação alérgica grave em todo corpo), dermatite esfoliativa (descamação da pele), erupções cutâneas (rash), disúria (dor ao urinar), hematúria (perda de sangue através da urina), insuficiência renal (falência dos rins) incluindo necrólise papilar, nefrite tubulointersticial (tipo de inflamação nos rins), glomerulonefrite, síndrome nefrótica (doença dos rins que gera perda de proteína), edema (inchaço), urobilinogênio na urina (pigmento encontrado na urina como resultado de exame falso-positivo),teste de função do fígado alterado, hipotensão (pressão baixa) e hipertensão (pressão alta), inflamação, sangramento, úlcera e perfuração do estômago.

Em crianças pode acontecer hipotermia (diminuição da temperatura do corpo).

*Relatos de tratamento com Ponstan® por mais de 12 meses e a ocorrência de anemia, demonstraram que a mesma é reversível na descontinuação do tratamento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Cuidados e recomendações

  • O ácido mefenâmico pode gerar um evento adverso que é tornar a visão turva, por isso você só deve dirigir ou operar máquinas se isso não acontecer.
  • O medicamento pode levar ao aparecimento de hipertensão (aumento da pressão arterial, conhecida popularmente como “pressão alta”) ou piora da hipertensão já existente. Avise seu médico se você tem hipertensão.
  • O tratamento em pacientes pediátricos (acima de 14 anos de idade) não deve se prolongar por mais de 7 dias.
  • As mulheres grávidas utilizando ácido mefenâmico devem ser cuidadosamente monitoradas quanto ao volume de líquido amniótico.
  • Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamentos sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Perguntas frequentes sobre ácido mefenâmico

Ácido mefenâmico serve para cólica?

Sim. Uma das indicações de uso do ácido mefenâmico é para o alívio da dismenorreia primária, sintoma mais conhecido como cólica menstrual.

O medicamento é um agente anti-inflamatório não-esteroide (não derivados de hormônios) que inibe a produção de prostaglandinas (substâncias que estimulam a inflamação), o que reduz a inflamação, e tem ação analgésica e antipirética (redução ou supressão da febre).

O ácido mefenâmico também ajuda a aliviar outros sintomas desconfortáveis da menstruação, como a enxaqueca menstrual. O efeito do medicamento para essa finalidade foi estudado e comparado ao placebo, com resultado significativamente superior.

Além de reduzir a cólica menstrual, as outras indicações de uso do ácido mefenâmico são:

- Alívio sintomático de artrite reumatoide (inclusive doença de Still), osteoartrite e dor (incluindo dor muscular traumática e dentária, cefaleias de várias etiologias, dor pós-operatória e pós-parto).
- Menorragia por causas disfuncionais ou por uso de DIU (dispositivo intrauterino), tendo sido afastadas as demais causas de doença pélvica.
- Síndrome pré-menstrual.

Quando devo tomar ácido mefenâmico?

A recomendação é administrar ácido mefenâmico junto às refeições, o que é uma maneira de evitar ou reduzir o desconforto gástrico (dor abdominal, diarreia e náuseas), reação adversa mais comum do medicamento.

Quanto às doses e intervalos de administração, a bula do medicamento orienta a administração de um comprimido de 500mg três vezes ao dia. Portanto, basta tomar ácido mefenâmico junto com as três refeições principais: café da manhã, almoço e jantar. O medicamento é ingerido por via oral, sem ser partido, aberto ou mastigado.

Melhor do que seguir a bula é seguir as orientações do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento que ele indicar. Lembrando que o ácido mefenâmico só pode ser vendido sob prescrição médica.

Caso você esqueça de tomá-lo no horário estabelecido pelo médico, tome-o assim que lembrar, pois o esquecimento da dose pode comprometer o resultado do tratamento.

Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule e tome a próxima, continuando normalmente o esquema sem compensar a dose esquecida. Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

Quanto custa o ácido mefenâmico?

Você encontra ácido mefenâmico à venda na Panvel Farmácias. Confira as opções:

Ácido mefenâmico: bula

Acesse o bulário da Anvisa e busque pela bula de ácido mefenâmico do fabricante de sua preferência.

Fontes

As informações deste artigo foram tiradas da bula do medicamento Ponstan®, produzido pela Wyeth, referência para os fabricantes de ácido mefenâmico genérico.

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